Tornando a graça vã
- Nelsi José Rorato | Pastor Presidente e Apóstolo
- 4 de out. de 2016
- 3 min de leitura
Como tornar inútil toda obra da cruz

O quê? Calma... Óbvio que um título com conotação positiva soaria melhor. Mas esse, pelo menos, chamou sua atenção, certo? Dito isso, estamos de comum acordo: tudo que queremos nessa vida é fazer a graça do Senhor valer a pena. Para nós, para o Corpo, para sociedade, para o mundo! É isso que nos move, por exemplo, a ser voluntário nas ações da igreja, a estender a mão ao necessitado da rua, a morder a língua ao invés de amaldiçoar alguém. Todavia, se a compreensão desse trocadilho foi fácil, viver assim parece que não é. Veja a advertência de Paulo em sua primeira carta aos Coríntios:
“E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão. Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.” - 2 Coríntios 6.1-2
Sabemos que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais, tampouco, menos. Ele amou tanto o mundo que deu Seu filho unigênito para morrer em nosso lugar, expiando de uma vez por todas, todos os nossos pecados. Isso é realmente incrível! Entretanto, nós temos o poder de tornar a graça de Deus – esse amor incondicional, essa disposição que há no coração da Trindade em nos abençoar – vã. E como isso é possível?
Quando não reconhecemos que cada dia é dia de salvação, cada dia é dia de solução.
A disposição para ser solução é mais do que simplesmente saber. Saber não muda nada. Saber pode até ser um problema quando não dá saídas para vida, uma vez que “a quem muito é dado, muito será exigido”. A questão é: precisamos lembrar o que aprendemos, para então praticar e viver. Quantas vezes o Senhor fala: “te lembrarás” e “não te esquecerás”. As pessoas erram porque se esquecem. Sempre indico carregar um bloco de anotações para registrar tudo que é importante, pois a gente grava mais quando anota. Isso treinará nossa mente, nos colocará de sobreaviso quando a luzinha vermelha indicando “perigo” começar a soar no inconsciente.
O inconsciente é o que costumo chamar de piloto automático, é onde fazemos sem pensar, agimos segundo o que tivermos armazenado no coração. E quando não são os princípios eternos da Palavra registrados lá? Quando tudo o que se tem é o lixo do mundo, a inversão de valores? Erro. Pecado. Incoerências. Ingratidão. Todo um conjunto de ações e sentimentos capazes de reduzir a nada o sacrifício de Jesus. Que triste isso, não?
Por isso, por diversas vezes a Palavra nos exorta a mantermos uma mente firme nos fundamentos da fé, não desperdiçando tudo o que já aprendemos. “Sede sóbrios e vigiai”. É sua firmeza de mente que determina se você vai influenciar ou ser influenciado. Nossas convicções devem romper o mundo espiritual, não ficar somente para nós. Passemos em revista os ensinos, ouçamos, estudemos, não nos esqueçamos!
Mas acima de tudo, lembremos de que não somos capazes por nós mesmos. Cristo, porém, não nos deixou órfãos, mas enviou um outro Consolador, o Espírito Santo, nosso professor e ajudador. Clame a Ele, reconheça que sem Ele você não pode fazer nada. E externalize - não apenas em palavras - o seu desejo de honrar Seu nome.
É tempo de nos ajustarmos, de tornar as nossas habilidades conhecidas em favor do Reino, de honrar a graça de Deus em nossas vidas. Que atitude você precisa tomar para isso?
Estamos juntos nessa jornada, somos Corpo, estamos aqui para te auxiliar.
Grande abraço.
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Assista ao vídeo com a Palavra na íntegra:
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