A importância do brincar no desenvolvimento infantil
- Bárbara Uchoa
- 21 de abr. de 2017
- 2 min de leitura
O espaço destinado à criança vem sofrendo modificações importantes. Pedagogos e pesquisadores descobriram as peculiaridades e façanhas do desenvolvimento infantil, e assumiram uma postura proativa, com uma educação adaptada para esta faixa etária, valorizando o BRINCAR como ferramenta de construção primordial de conhecimentos sensoriais, cognitivos e emocionais.
Do nascimento aos seis anos, a criança percorre, em pouco tempo, aquilo que a humanidade levou milênios para atingir. Essa aceleração vertiginosa, alcançada pelas estruturas mentais, é possibilitada e extremamente facilitada pelos esquemas lúdicos, que se caracterizam justamente pelo predomínio do prazer sobre a tensão do esforço prolongado, na busca de melhor adaptação à realidade.
No brincar, casam-se a espontaneidade e a criatividade, com a progressiva aceitação das regras sociais e morais. Em outras palavras, brincando a criança se humaniza, aprendendo a conciliar de forma efetiva a afirmação de si mesma, à criação de vínculos afetivos perduráveis.
O brincar se torna fundamental no desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo e social da criança. As brincadeiras e jogos surgem gradativamente na vida da criança, desde os mais funcionais até os de regras. Estes são elementos elaborados, que proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua identidade.
Jogos como: pular corda, jogar bola, amarelinha, subir em árvores, esconde-esconde, jogo da velha; todos do ponto de vista neuropsicológico podem ser analisados confrontando-se as tarefas neles envolvidas versus as funções e áreas cerebrais. Todos os planos do sistema nervoso, desde os mais básicos até os mais complexos, estão sendo desenvolvidos com esses jogos: a afetividade (sistema límbico), a disponibilidade para agir (sistema motor), e a intelectualidade (sistema neocortical).
Assim, é possível compreender o motivo da intensa atração que os jogos exercem sobre as crianças, em especial para aquelas que estão em fases importantes de desenvolvimento. Todas essas brincadeiras, além do prazer, contribuem para o desenvolvimento integral da criança.
Pode-se perceber que o brincar fornece uma oportunidade de expansão ao mundo das crianças, beneficiando o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, favorecendo as aprendizagens futuras. Boa brincadeira! *Errata: na edição de nº 44 da Revista Cristo é a Vida, o nome do autor do texto da página Educação fora inserido de forma equivocada. O mesmo é de autoria de Bárbara Uchoa.

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