Palavras que constroem - A importância do que falamos para o desenvolvimento da criança
- Anderson da Rosa Lang | Teólogo
- 6 de out. de 2017
- 2 min de leitura
A palavra é uma forma de comunicação essencial para vida humana. Com ela transmitimos o que queremos, pensamos e sentimos. Para criança, ela se potencializa em seu efeito, pois a criança é mais sensível e está em um processo de aprendizagem muito intenso, onde necessita sentir-se protegida e amada. Tudo que falamos a elas pode entrar como verdades absolutas. Aí vem o cuidado do que sai da nossa boca aos pequeninos.
Em Efésios 4.29 diz: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem”. O versículo nos instrui que, o que sai da nossa boca deve ser para ‘edificar’. Essa palavra significa erguer, levantar, construir, alçar, e, muitas vezes, queremos corrigir, advertir e até mesmo ensinar a criança com palavras de opressão, críticas negativas e até mesmo rotulando a criança. Agindo assim, podemos fazer com que ela se sinta oprimida, de tal maneira que ela mesma não se veja capaz de vencer aquela dificuldade que possui.
Para que possamos ampliar uma comunicação que ajude no desenvolvimento da criança, devemos nos fazer as seguintes perguntas: o que as minhas palavras irão produzir no meu filho? Que ensino elas estão passando sem que eu perceba? Elas vão resolver o problema ou apenas desabafar emoções ruins, as quais eu mesmo devo resolver?
Avaliar a própria fala constantemente vai ajudar para que não repliquemos uma educação que só critica, e não consegue manifestar o que há de bom no que a criança faz. Do contrário, a própria criança criará um conceito de si mesma que não é capaz de acertar, que tudo que ela faz é errado.
Comunicar o que a criança faz de bom irá estimula-la a melhorar aquilo que ela ainda não consegue fazer. Intitular a criança com adjetivos negativos, ou falas tais como “seu bagunceiro, preguiçoso, você não faz nada direito, você não aprende mesmo, nunca obedece...”, ao invés de corrigi-la, irá apenas potencializar as suas dificuldades. As crianças estão em um processo de aprendizagem, e estão mais expostas ao erro. O papel dos pais e educadores é ajuda-la a superá-los. Isso leva a um desenvolvimento saudável e amoroso.

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