A pesquisa como ferramenta pedagógica
- Bárbara Uchoa Gottert da Silva | Professora
- 6 de nov. de 2017
- 2 min de leitura
Atualmente, vivemos uma modernização em um ritmo alucinante, onde tudo e todos estão interligados à distância de um toque. Estamos recebendo crianças que já nasceram nesse ritmo, mas muitos dos métodos permanecem os mesmos, gerando falta de êxito no que deveria ser o desenvolvimento escolar dos alunos.
A escola contemporânea não serve apenas para socializar/aprender conteúdos. A verdadeira função da escola surge para desenvolver aquilo que não pode ser adquirido na família ou comunidade que a criança está inserida, trabalhando e explorando COMPETÊNCIAS, não apenas conteúdos.
Estamos preparando alunos para empregos que ainda não existem, com tecnologias que não foram inventadas. Não existe conteúdo que possa prepará-los para este mundo. Já é realidade, o conhecimento ilimitado de fácil acesso com o uso das tecnologias, de modo que as três competências básicas (lembrar/entender/aplicar) já estão disponíveis. Cabe então à escola desenvolver a capacidade de análise, a sintetização, e a originalidade de criação.
A pesquisa e investigação científica podem ser grandes aliadas nesse processo, pois desenvolvem autonomia no aprendizado. Surgem a partir de um olhar crítico sobre a realidade vivida, em busca de soluções.
Conforme diz a coordenadora da Mostratec Júnior, é válido lembrar que a imaginação pode se mostrar mais importante que o conhecimento, pois enquanto o conhecimento é limitado, a imaginação tem o poder de envolver o mundo todo. Portanto, para termos êxito no incentivo à pesquisa, devemos adotar a postura de um "professor de espantos", dando ênfase a um olhar curioso e crítico sobre as pequenas coisas do cotidiano.
O conhecimento, bem como as regras e os valores, é construído pela ação sobre o meio físico e social, cabendo ao adulto, oportunizar a ocorrência de situações interativas em que a criança precise tomar decisões, fazer escolhas, expressar pontos de vista e fazer trocas, no sentido de desenvolver a autonomia e cooperação.
Desse modo, podemos observar que, colocando a pesquisa e investigação científica como centro do processo pedagógico, estaremos melhor capacitando nossos alunos para buscarem soluções no desconhecido. Assim, em suas infâncias já aprenderão a ser, fazer, conviver, e conhecer com autonomia.

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