Direito & Negócios
- MAURO GARCIA | OAB/RS 87470
- 12 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
Nunca houve tanta mudança para a profissão jurídica como na atualidade. No passado, não tão distante, bastava a formação jurídica para se ter mais um doutor, mais um profissional versado às letras jurídicas, pronto para intervir na sociedade, impactando nas mais diversas decisões de indivíduos e empresas, o que por óbvio, suas atuações poderiam mudar a vida desses atores, tanto para o bem como para o mal.
No entanto, na nova era da advocacia moderna, faz-se necessário um profissional que possa visualizar e pensar o direito em “360 graus”. Ou seja, um profissional que pense o direito de forma ampla, a fim de auxiliar seus clientes a vislumbrar alternativas que sejam mais benéficas do que bater as portas do judiciário, na busca de uma pretensa justiça que não existe.
Nos fóruns, atualmente, temos demandas infinitas, onde ao final não teremos justiça, apenas um ganhador e um perdedor, um devedor e um pagador, sem contabilizar todas as mazelas a serem enfrentadas pelas partes, litigante e litigado.
Não por acaso, houve recentemente a alteração do Código de Processo Civil, que trouxe medidas que prometem agilizar as decisões judiciais, com enorme destaque para estímulo ao acordo entre as partes. Ainda, com cheiro de novo, foram alteradas as normas trabalhistas, CLT, a qual promete diminuir drasticamente as demandas trabalhistas.
Sem esquecermos, da importância da “lava-jato” para a alteração das normas penais. Aliás, com o avanço das chamadas delações “premiadas”, tem-se um novo instituto jurídico penal, muito virtuoso por sinal, pois grandes empresários brasileiros, como nunca visto no país, já estão cumprindo penas em virtude dessas delações. Portanto, o desafio da advocacia moderna é dar resposta à sociedade física e empresarial, a fim de satisfazer os anseios de todo o cidadão, que, cansado, clama como o patrono da advocacia:
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. - Rui Barbosa

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