Mansidão

De acordo com o dicionário, mansidão significa alguém que tem domínio e poder sobre o seu temperamento e atitudes. Biblicamente é uma das virtudes atribuídas a Moisés, que apesar de um grande líder com grande autoridade e influência, demonstrou grande capacidade de domínio próprio.

“E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra”. Números 12.3

Olhando para Moisés podemos perceber que a mansidão não é um estado de apatia de alguém sem expressão e sem manifestação, como muitos confundem. Este grande líder, antes de desenvolver estas capacidades, chegou a matar um egípcio, no ímpeto de sua raiva. No entanto, após o desenvolvimento desta virtude, percebemos um homem não ressentido com as adversidades e capaz de superar as injúrias.

Também em Cristo percebemos um exemplo de mansidão em suas atitudes, e em seus ensinos. Na cruz Jesus clamou para que aqueles que o feriam fossem perdoados, e também em seus ensinos sobre não retribuir mal com mal.

A mansidão de Cristo também pode ser percebida em sua ira no templo e sua indignação com os cambistas. Jesus vira as mesas, e mesmo em sua ira, não perde o domínio de suas ações, demonstrando sua insatisfação com o erro, mas sem causar dano a ninguém, agindo apenas contra a prática errada.

Esta é uma virtude desenvolvida pela ação de Deus na vida dos cristãos. Moisés transformou-se, de um homem capaz de matar, em uma pessoa reconhecida pela capacidade de não se ressentir ou retribuir injúrias pessoais. Também em nós pode ser desenvolvida a virtude do domínio próprio ou mansidão.

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”. Gálatas 5.22

Portanto, o manso não é dominado por outras pessoas ou por suas próprias fraquezas. Manso é aquele que, através de sua submissão a Deus, consegue vencer seus instintos e seus próprios sentimentos. Assim, pode-se agradar a Deus com o proceder contínuo, e não apenas quando as coisas estão de acordo com a própria vontade.

Mansidão não é apatia diante da vida, mas sim a coragem de agir, com firmeza, em submissão e obediência ao Senhor. Cristo é o nosso maior modelo!