A importância de ouvir histórias
- Barbara Ucha | Professora
- 6 de dez. de 2018
- 2 min de leitura
A narrativa faz parte da vida da criança desde quando bebê, através da voz amada, dos acalantos e das canções de ninar, que mais tarde vão dando lugar às cantigas de roda, a narrativas curtas sobre crianças, animais ou natureza. Aqui, crianças bem pequenas, já demonstram seu interesse pelas histórias, batendo palmas, sorrindo, sentindo medo ou imitando algum personagem. Neste sentido, é fundamental para a formação da criança que ela ouça muitas histórias desde a mais tenra idade.
A educadora e pesquisadora Ana Vasconcellos traz considerações importantes. “Quanto mais cedo uma criança escuta palavras de variados campos semânticos e fonéticos, mais repertório ela terá, tanto em suas conversações, quanto nas atividades escolares. Consequentemente, essa criança também terá boas habilidades ortográficas e desenvolverá sua escrita de forma mais completa, uma vez que terá abundância de visualização das palavras e familiaridade com formações textuais adequadas ao padrão normativo da língua”.
A criança passa a interagir com as histórias, acrescenta detalhes, personagens ou lembra fatos que passaram despercebidos pelo contador. Histórias reais são fundamentais para que a criança estabeleça a sua identidade, compreendendo melhor as relações familiares.
Outro fato relevante é o vínculo afetivo que se estabelece entre o contador das histórias e a criança. Contar e ouvir uma história, aconchegado a quem se ama, é compartilhar uma experiência gostosa, na descoberta do mundo das histórias e dos livros.
Quanto mais tarde o hábito de leitura for implementado, menos eficientemente os benefícios descritos acima serão incorporados. Assim, a verdade é que nunca é cedo demais para incentivar a imaginação das crianças. Os pais podem contar histórias para seus filhos ainda bebês!
Se eles estiverem dando seus primeiros sinais de comunicação, que seja apenas balbuciando, já é possível começar a contar as histórias. Nessa fase, só garanta que elas sejam mais curtas e leves. Vá, gradativamente, aumentando a intensidade das emoções e o tamanho das narrativas. Quando menos esperar, seus filhos estarão devorando livros inteiros!

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