CRIANÇA E TECNOLOGIA: REPENSE ESTE TEMPO
- Barbara Uchoa | Professora
- 3 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Novas descobertas do Estudo de Tendências Digitais de 2016 da Influence Central revelam quão grande é o papel que a tecnologia desempenha na vida das crianças de hoje: 39% delas obteve sua primeira conta em redes na internet entre 10 e 12 anos, e outros 11% obteve uma conta de mídia social quando tinham menos de 10 anos. O Facebook e o Instagram representam as plataformas sociais mais usadas entre as crianças, com 77% cada. Essa pesquisa reflete bem o contexto de mundo em que estamos vivendo, onde crianças cada vez mais novas são inseridas em um universo de relacionamentos online, sem estrutura emocional para lidar com todo o mundo de ferramentas e possibilidades oferecidas por essas plataformas.
A Palavra de Deus em Filipenses 4.8 nos ensina a encher a mente com tudo o que é bom, verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. Sem a maturidade certa, as crianças podem estar alimentando sua mente com padrões distorcidos, estando suscetíveis ao cyberbullying, a se exporem nas redes, dentre outras consequências negativas do mau uso das tecnologias e redes sociais. A medida mais significativa a ser tomada é a conversa e o estabelecimento de combinados e acordos para o uso do celular. Incentive seus filhos a participarem de situações sociais saudáveis, organizando o tempo em família para aproveitar também ambientes externos. Em relação às crianças pequenas, essa indicação é ainda mais preciosa, pois perdem ricas oportunidades de desenvolver sua criatividade e liderança em situações reais de convívio social para receber estímulos de apenas dois sentidos sem grande aplicação prática de vida. Especialistas também aconselham que as crianças não usem telas uma hora antes de dormir, para que seus cérebros tenham tempo de relaxar para descansar.
A exposição crônica à luz azul (irradiada pelo celular e outras telas) pode aumentar o risco de desenvolvimento de degeneração macular e outros problemas relacionados à visão. Esses danos variam de acordo com o horário, e a intensidade dos efeitos nocivos é de três a quatro vezes maior durante a noite do que durante o dia. Portanto, a mudança deve começar por nós adultos. Devemos analisar nosso próprio tempo de uso de telas e dar um bom exemplo, repensando o período despendido em tecnologias e propondo atividades em família que fundamentam valores e fortalecem as estruturas emocionais e cognitivas das crianças para pensar naquilo que é bom e edifica.

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