Hora do exame!
- Ap. Nelsi José Rorato
- 15 de mar. de 2017
- 3 min de leitura
Você sabe se é um cristão genuíno?
Conheço muita gente que se converteu há anos e nunca deixou de frequentar uma igreja evangélica. Se lhes fosse questionado sobre a razão de sua fé, respostas como: creio em Deus o criador de todas as coisas, creio em Jesus que morreu na cruz por meus pecados, creio na salvação redentora através do sangue de Cristo, etc, seriam dadas. Todas certas. Alguns citariam versículos bíblicos e até testemunhos para endossar a fala.
Então você começa uma conversa com a pessoa e 10 minutos depois percebe que há algo errado. Alguma coisa entre o que ela disse e o que ela vive não está combinando. Por trás de um cristão confesso há um ser-humano tropeçante nas questões mais elementares do cotidiano, perdido em situações claramente explicadas na bíblia – que possivelmente ele sabe de cor – confuso sobre o que decidir a respeito da própria vida.
A pergunta que não quer calar é: o que exatamente você esteve fazendo estes anos todos na igreja?
O Reino de Deus nos dá condições para sermos melhores em tudo. As instruções do Senhor dão fundamentos para uma fé frutífera e operante. Por que a fé de muitos não prospera? Porque falta obediência aos mandamentos que criam os fundamentos. E quando os fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo?
Muito dos problemas de quem apenas frequenta uma igreja sem viver a palavra plenamente reside na mistificação da fé. Como se ser cristão fosse viver distante de tudo o que é a normalidade da vida. Como se fosse possível desvincular a pessoa que trabalha, que bate o cartão, que gerencia a empresa, que cuida dos filhos em casa, que viaja de férias, que vai ao supermercado, que toma banho, etc, da pessoa que se arruma aos domingos para ir à igreja.
Atenção: ao entrar numa igreja você não “se torna santo”, você não está “fazendo a sua parte”, você não está “garantindo” coisa alguma no céu. Esse pensamento vem da cultura grega, romana e judaica. Você trouxe isso na sua bagagem quando aceitou a Cristo, tudo bem. Mas não aprender nada sobre a nova cultura a qual você passou a fazer parte quando entendeu (entendeu?) a mensagem da cruz?
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A mensagem da cruz é o tema central do Reino de Deus, que deve reger a sua vida. Mas visão de Reino, só temos quando nos predispomos a obedecer as leis de Deus. Afinal, "ter Deus", mas entender o que significa isso, adianta algo?
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Anote aí: não é o tempo de igreja que te dá direção, mas a resposta que você dá ao chamamento de Deus. Ao contrário da religião, que bitola as pessoas em torno de dogmas e ritos, Jesus nos ensina a examinar as escrituras. São elas que mostram a verdade e tem o poder de nos transformar de dentro para fora. Procure lembrar: qual foi o ensinamento bíblico que transformou sua vida de verdade nos últimos anos, que realmente fez diferença, que trouxe luz à sua situação?
Sempre vi mais vantagens em ensinar do que em incitar a busca por milagres. O povo não tem que viver atrás de milagre, tem que cumprir seu desígnio. Por isso minha forma de ensino será sempre lhe preparando para ser o milagre, incentivando-o a viver seu desígnio. Isto é, ter uma fé operante, saudável, frutífera. Quando você entende e vive isso, aquela dúvida que mora lá dentro: pra quê eu existo? acaba por ser respondida. Milagres para inspirar a fé? Não. Ensinos para construir a fé.
De onde vem a fonte inspiradora que governa a sua vida? Do Reino de Deus? Do sistema religioso? Da sua família? Da sua "achologia"? Responda para si mesmo. Você conhece a metologia do Reino para aplicar nas suas transações comerciais, nos seus relacionamentos, no trânsito, nas escolhas de filmes que faz, na política que você apoia, no modo como trata seus pais, na forma como administra suas contas? Se o Reino de Deus não passa por essas e outras dezenas de situações do seu cotidiano, esqueça tudo. Você não precisa de Jesus, você precisa de uma religião.
Um abraço,
Desejando que você seja frutífero em Cristo,

Ap. Nelsi.
Apóstolo e presidente do MBCV
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