Baleia azul
- Pra. Eliane Salles
- 3 de jun. de 2017
- 2 min de leitura
A corrente virtual “baleia azul” (Blue Whale) está movimentando pais, professores e autoridades de nossa nação. É um jogo que propõe atividades autodestrutivas.
O jogador é convidado por um "curador" via rede social. Após a aceitação, inicia-se uma série de 50 desafios, que devem ser cumpridos até que chegue ao objetivo final do jogo, que é tirar a própria vida.
Entre as tarefas está: assistir filmes de terror durante 12 horas sem parar, postar uma foto de uma baleia, mutilações no corpo, como desenhar uma baleia no antebraço com uma lâmina, e assim o jogo vai cada vez exigindo tarefas mais mórbidas. Caso queira desistir, o participante é "ameaçado" de morte pelo tal “curador”.
A origem deste jogo é desconhecida, mas os primeiros relatos surgiram na Rússia, e hoje se espalha por vários países. Pesquisas feitas pela DRCI (Delegacia de Repreensão aos Crimes de Internet/RJ), atestam que os jogadores tem em média a idade de 12 a 14 anos, possuem tendências a depressão, situação de vulnerabilidade emocional e tem medo de sair do jogo pelas ameaças recebidas.
Não resta dúvida que este jogo atrai crianças e adolescentes, que não tem a devida formação e atenção familiar, pois as tarefas são passadas na madrugada, depois das 04h da manhã. Em depoimento, um adolescente relata colocar o relógio para despertar nesse horário.
Segundo Kaplan e Sadock (2003) a técnica utilizada pelos “curadores” para envolvimento dos adolescentes é de contracondicionamento, que consiste em superar as ansiedades aproximando as situações temidas gradualmente. O jogador é colocado em uma hierarquia de situações geradoras de ansiedade e depois levado a relaxar causando assim um empoderamento da situação e inibição do medo.
Voltemos às causas e princípios. A causa das mortes não é o jogo Baleia Azul. Vemos a legítima manifestação de crianças que têm uma vida solitária em família. Essa é a linguagem que os adolescentes estão usando para expor as inversões de valores que estão dentro de seus lares.
É um equivoco supor que um júnior ou adolescente tenha maturidade para classificar o que vê e ouve via internet. É tarefa dos pais estabelecer limites e restrições para o uso da tecnologia. Essa é a exposição da vulnerabilidade e vazio dos princípios de Deus nas famílias.
Adote seu filho antes que um "infeliz" o adote.

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