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Acomodação Religiosa: perigo real

No tempo da lei, uma situação perigosa preocupava constantemente os sacerdotes e profetas responsáveis pelo povo, um perigo que começava a tornar-se cultural e poderia desviar uma pessoa da Verdade sem que ela percebesse. Tratava-se da acomodação religiosa. Para entender melhor este quadro e poder enquadrar nossas vidas neste exemplo, vamos nos reportar à época de Ageu e Malaquias.


Naquela época, a qualidade do culto era medida através das ofertas que o povo dava; o culto era visual e as ofertas eram o produto real do que cada um produzia. Quem tinha rebanho levava um animal do seu rebanho; quem tinha mantimentos levava uma de suas especiarias. As ofertas ao Senhor eram as primícias de tudo o que tinham ou produziam, o mais lindo e saudável animal, os frutos da primeira colheita, o mais fino de todos os tecidos, sempre aquilo que visivelmente era o melhor. Entretanto, uma sutil mudança começou a se estabelecer. Cada vez mais surgiam animais mancos, doentes, hortaliças estragadas, ofertas de sobras e restos. O povo não estava mais levando o produto de primeira, levava o pior. Não levava o primogênito, leva o temporão. O que estava acontecendo?


A acomodação religiosa é perceptível quando não importa mais se o que se está fazendo é para Deus ou para qualquer outra pessoa. Se a obediência se dá por circunstâncias ou por amor. De repente a pessoa para de crescer, de melhorar, de investir na própria vida e não consegue mais lembrar como foi que isso aconteceu. Lembre-se: naqueles dias houve um acostumar-se com os rituais ordenados pelo Senhor e por estarem assim acostumados, foram piorando o seu relacionamento com Deus, se afastando cada vez mais d’Ele.


A acomodação religiosa é deixar que a rotina leve ao desleixe, ao conformismo, ao deixar de esmerar-se pelo melhor. Você participa frequentemente dos cultos na igreja? Ótimo, contudo, esmere-se para manter a qualidade do seu culto, pois quando ela cai, você sente também o esfriamento da sua fé e do seu amor a Deus.


Sendo Deus, Pai, este afastamento de seus filhos lhe entristeceu sobremaneira. Mas Ele nunca deixa de advertir o povo. E se a pessoa ouve a repreensão, aceita a verdade e se ajusta, Ele muda até mesmo aquilo que havia determinado como punição, pois é misericordioso. Assim, enviou Deus Malaquias para chamar a atenção do povo e para se arrependerem de seus maus caminhos (Capítulo 6 de Malaquias).


Em nosso meio, muitos têm recebido palavras de advertência, pois este é o ano da definição: ou melhoramos ou pioramos nosso caminho. Contudo, há pessoas que dizem que é difícil se ajustar, que há muitas lutas, que vivem caindo, se quebrando como aquele vaso que quando pensa estar pronto tem que recomeçar tudo outra vez. Mas eu lhes digo, continuem sendo este vaso, pois nas mãos do Oleiro nós não seremos descartados, e sim de grande proveito para o que Ele quer.


Todos nós cometemos erros, mas devemos reconhecê-los diante de Deus e deixar o Senhor trabalhar, corrigir, moldar. O Senhor muda a sentença que deu. Lembra-se do rei Ezequias? Ele tinha uma sentença de morte, mas se arrependeu de todo o mal que tinha feito, clamou ao Senhor e este lhe concedeu que vivesse por mais 15 anos de vida farta e abundante.


Procure entender o tempo de Deus. “Tudo Deus fez formoso em seu tempo” - Ec 3.11. Tempo, beleza, eternidade. Quem é comprometido com o Senhor sabe viver cada tempo e não deixa sua fé se corromper nem se iludir. As coisas, a seu tempo, são belas, boas, úteis e produtivas. Se algo está dando errado na sua vida, será que você não se perdeu no tempo? Era tempo de plantar, você já queria colher; era tempo de calar, você se tornou um tagarela; era tempo de trabalhar, você foi tirar férias; fez as coisas ao contrário do que o tempo exigia. Muitos estão perdendo as promessas de Deus porque estão vivendo fora do tempo. Ao acomodarem-se, pararam e pensar a respeito disso.


Não é tempo de estar perdido com futilidades, com coisas que não edificam. O mundo está cheio de religiosidade, crendices, espiritualismos, e os padrões de Deus estão ficando escassos. Se você quiser vencer procure algo que dê sustentação, procure compreender e praticar os princípios da Palavra. Não é tempo de viver de alma, é tempo de viver com entendimento e se não renovarmos o entendimento não vamos descobrir qual é a vontade de Deus para nossas vidas.


Mas é preciso preparar o espaço para receber a benção de Deus. A viúva que procurou o profeta não tinha senão uma botija e um resto de azeite. Ele a mandou pegar botijas emprestadas com os vizinhos e não poucas. Ou seja, buscar recursos. A tarefa parecia simples, mas não se engane: tudo exige esforço. Ela começou a derramar a botija e o azeite não parava. Buscou outra, e outra, e o azeite sempre jorrando até que se acabaram as botijas. Só então o azeite parou.


O azeite para, porque para a nossa fé. Para, porque para nosso compromisso, nosso esforço, nosso entendimento. Ela entendeu que aquilo chegava, ou talvez tenha feito mais por obediência do que por entendimento de uma grande vitória, de uma grande solução. É de acordo com nossa disposição para entender os comandos do Senhor que a bênção se concretiza.

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