A verdade sobre a mentira
- Thaila Alff Roveda | Jornalista | Ministra de
- 7 de abr. de 2018
- 3 min de leitura
Você já deve ter percebido que crianças costumam contar “mentirinhas”, seja para sair em vantagem de uma situação, fugir das consequências de seu mau comportamento, ou ainda para não ter que lidar com críticas e frustrações. Isso ocorre devido à imaturidade mental característica da faixa-etária (apesar de estar dentro da normalidade instintiva do ser humano), é preciso que os adultos estejam sempre apontando o caminho certo, para que compreendam que a mentira não é algo sadio e pode gerar uma série de problemas no futuro.
Com o tempo o ser humano tende a maturar e a abandonar a mentira como um gatilho de defesa, passando a aceitar apontamentos negativos e entendendo que seus atos geram consequências. O problema surge quando a pessoa cresce e prossegue mentindo, com o propósito de viver uma vida perfeita, sem críticas, sem falhas, sem fracassos.
Conforme os embates da vida, de “mentirinha” em “mentirinha”, a frequência vai aumentando e as proporções de suas consequências também. Aparentemente a mentira pode até parecer inofensiva, mas com o passar do tempo pode atingir um potencial destrutivo devastador.
A mentira frequente pode se tornar uma compulsividade, ou seja, uma repetição de comportamentos que tem a intenção de tornar a vida “mais fácil”, usando sempre uma válvula de escape para os momentos mais complicados. Segundo a psicóloga Fabíola Luciano, Especialista pela USP, há quem seja acometido pela “doença da mentira”, conhecida patologicamente como “mitomania”.
“A pessoa passa a assumir um estilo de vida baseado sempre em histórias que ela inventa e divulga entre as pessoas que conhece. Na maioria das vezes, como as mentiras são tão variadas e constantes, o mentiroso compulsivo acredita realmente que viveu as experiências narradas. O mentiroso patológico pode contar desde mentiras corriqueiras e cotidianas, até mentiras que sejam de grande proporção. Em ambos os casos a pessoa não se sente compelida a revelar a verdade, ao contrário, ela segue sustentando a mentira como se fosse a mais pura verdade. Quando se trata de mentira compulsiva (em que a pessoa não consegue parar de mentir), que interfere nas relações familiares, sociais e no julgamento racional do cotidiano, podemos afirmar que estamos falando da mitomania.”, explica Fabíola.
Devido à sua baixa-estima os mitómanos geralmente buscam ser o centro das atenções contando mentiras com o propósito de exaltar-se, isso os faz acreditar que são importantes e que podem ser apreciados e aceitos pelos outros. Têm a tendência de repetir falas sobre as mesmas cenas, mantendo o cerne da história, mas inventando novos personagens, local ou data, por exemplo. Quando suas mentiras são descobertas, inventa outra mentira para deixar claro o quanto foi injustamente incriminado, nunca admitindo qualquer culpa ou responsabilidade.
Inúmeras são as consequências negativas de um comportamento recheado de mentiras, que vão desde confusões corriqueiras às piores situações de injustiça. Mentiras são geradoras de fofoca, de intrigas, de confusão.
Levando em consideração que ninguém gosta de ser enganado, podemos afirmar que a mentira – não o mentiroso, porque devemos ser contra o pecado, mas amar o pecador - é algo detestável. Segundo Jesus, em João, capítulo 8, versículo 44, o diabo é o Pai da mentira, não há verdade nele.
Se você se identificou com as características citadas acima, se a mentira já virou rotina em sua vida, é hora de rever suas atitudes. Não pense que abandonar este mau hábito não será algo fácil, do qual você se livrará da noite para o dia. Será um processo lento, gradativo - mas real!
Veja o que diz em Mateus 7, 24-25: "Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha".
Seja prudente, construa sua casa sobre a rocha (Jesus). Não existe nada impossível para Deus, você pode vencer a mentira. Examine-se, tenha humildade para reconhecer seus erros, arrependa-se, trace estratégias e tome atitudes de mudança.
Tudo na vida é uma substituição. Substitua a mentira pela verdade, o medo de encarar a realidade pela coragem, a baixa-estima pela confiança e ousadia de um legítimo filho do rei, é isso que você é – eis a mais pura verdade! Seja você!
Fontes: https://drauziovarella.uol.com.br | http://psicologafabiola.com.br

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