Dança: a arte da reconciliação

Cheguei pela primeira vez ao MBCV em 1996. A dança na época era minha profissão e nunca havia passado na minha cabeça que ela poderia ser um instrumento no Reino de Deus. No Rio Grande do Sul, não existia dança nas igrejas (e por sinal, isso era muito mal visto).

A convite do Ap. Nelsi, que soube que uma bailarina havia se convertido e sempre acreditou que dons e habilidades são dados por Deus, iniciei timidamente um trabalho com dança no MBCV. Tudo era novo e eu tinha muitas coisas a aprender. Comecei a auxiliar o pessoal do JUAD e o grupo dos jovens, desbravando esse novo campo.

Em 2000, após uma oficina dada pela Isabel Coimbra da Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte, tive uma forte convicção de chamado. Deus me desafiou e eu obedeci. Não foi fácil. Na época, renunciei a coisas que eram muito importantes para mim, incluindo meu trabalho. Sempre digo que fui um tanto radical, mas que aquilo era necessário para ser quem sou hoje. A partir disso, iniciou-se um longo processo de aprendizagem que desemboca nos dias atuais.

Todos nós fomos chamados a esse ministério tão grandioso: o ministério da reconciliação (2 Co 5.18). A dança, quando bem utilizada, pode ser algo poderoso para adorar a Deus, evangelizar, ensinar a palavra e gerar transformação de vidas. É isso que temos experimentado aqui no MBCV.

Um trabalho que começou pequeno e hoje é uma referencia não só no Brasil, mas também no exterior. De pequenas sementes e muita obediência, o ministério de dança do MBCV foi tomando forma e hoje alcança em torno de 250 pessoas.

Alem do ministério de dança (que alcançam todas as faixas etárias, de crianças a adultos), temos também uma escola de dança aberta à toda comunidade.

Louvamos a Deus e somos gratos por todo o ensino que recebemos nestes 21 anos em que a dança se faz presente na historia do MBCV. É maravilhoso fazer parte disso.

E que venham os próximos anos!