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Viver: um compromisso urgente

A VIDA ACABA, ENTÃO VIVA!

Desculpe o transtorno, preciso falar sobre a morte. Falar disso faz pensar e sentir muitas coisas das quais muitas vezes fugimos, mas que voltam para nos desconfortar.


Primeiramente, a vida acaba! É fato irrevogável que aqui, no mundo que conhecemos, ela acaba. Vai acabar para mim, vai acabar para você. Há diferentes crenças a cerca da vida após a morte, as culturas lidam com esse acontecimento de modos diferentes, mas não há como ser insensível à nossa finitude.


Dentro do Cristianismo entende-se que os primeiros humanos, Adão e Eva, se tornaram vulneráveis à morte em decorrência do pecado. Ah, se não fosse a tal “fruta”! Se não houvessem desobedecido à ordem do Divino (Gênesis 2.17)! A morte, então, entra no mundo, indesejada, para impedir que eles vivessem eternamente na condição corrompida pelo pecado. Ou seja, a morte vem para conceder uma nova vida.


Quando me aproximo, seja na vida pessoal ou no cotidiano do meu trabalho, de pessoas com diagnósticos graves, com prognósticos não favoráveis, com “sentenças de morte” anunciadas, como "você tem poucas chances" ou "você tem poucos meses de vida" percebo o quanto a consciência da finitude dói.


Quem vive isso, repensa toda uma vida, reforça suas crenças, se compromete em deixar boas lembranças, em deixar de lado o que é pequeno e abraçar com força o que para si realmente importa. A verdade é que quando a gente se dá conta de que vai morrer, a gente vive tudo!


Vive a dor de chegar perto do fim, o medo do desconhecido, mas também a gratidão pela vida, a alegria pelas coisas simples, o amor pelo outro e por si mesmo. Não é a toa que o sábio Salomão refere que há mais sabedoria na casa onde há luto do que onde há apenas festa (Eclesiastes 7.2).


Quem recebe um anúncio médico de que sua vida está chegando ao fim pode ter a chance de concertar relações, de dizer o que deseja, de escolher de algum modo como continuar a existir no mundo de alguém, de se despedir. E quem vai de supetão, como quem estava em um carro envolvido num acidente, talvez não tenha tal chance. De qual forma é melhor? Não faço a menor ideia! Sei que quem fica passa por um longo processo de aprender a lidar com a perda.


Mas o fato mesmo é que a gente precisa perceber que a condição é exatamente igual para todos nós! Não importa se você tem uma doença ou se você embarcou feliz num avião prestes a cair. Somos todos finitos e, com ou sem avisos, a morte chegará.


Enquanto humanos, a morte nos iguala. Não tem privilégios, classe social, gênero ou cor que nos livre dela. Ela vem nos lembrar incisivamente de que no fim, somos sempre iguais! Por mais que nossos modos de vida tentem negar isso. É interessante o quanto a morte traz uma verdadeira enxurrada de sabedoria! Ela grita no nosso ouvido o que realmente importa. Faz repensar, refletir, humanizar, empatizar.


Aproximar-se de contextos onde a morte está, causa dor, mas também um senso de urgência, uma fome imensa de vida! De não ser só mais um no mundo. Toda vez que me deparo com ela, penso no quanto é preciso viver de um jeito que faça alguma diferença. Pois, a questão não é como e quando morreremos, mas sim o “como fazer essa existência valer a pena” até lá?


Não espere a morte bater na sua porta para dar-se conta de que não dedicou tempo ao que lhe era importante. O que realmente importa para você? Quais causas valem o seu empenho, a sua luta? Quais são as suas crenças? Quais são seus valores de vida? Pelo que ou por quem você seria capaz de morrer e viver? As respostas dessas perguntas apontam para onde, de fato, você deve investir sua vida. Não falo de ter metas, mas de ter um propósito para existir.


Desejo a você que lê esse texto agora, uma vida carregada de sentido! Que você possa ser importante na existência de outros! Que sua presença desperte a gratidão nas pessoas, alivie o sofrimento, acolha sem julgamentos! Que ao partir você faça falta, que deixe saudades!


Aos que desejam viver uma vida que valha a pena até o último suspiro, #TamoJunto! Afinal, a gente vai morrer!


Caso você não esteja achando muito sentido em sua vida, procure ajuda! Podemos ouvir você!”

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