SER o que queremos ser ou SER melhor quem somos?
- Luiz Corrêa | Filósofo, Logoterapeuta
- 6 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Enfatizar que podemos SER o que queremos ser pode ser motivador em um primeiro momento, mas quase sempre, trará frustrações no futuro. Na verdade, o nosso desafio não é SER diferente do que somos, mas SER melhor quem somos.
Se quisermos SER melhores quem somos, antes de tudo, precisamos aplicar a máxima socrática: “conhece-te a ti mesmo”.
A escola das limitações
Somos o que queremos SER, através de nossas escolhas, mas somente em parte, pois também somos as nossas próprias limitações. Paulo, o apóstolo, nos ensina a não pensar acerca de nós mesmos além do que convém; antes, porém com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
“Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um”. Romanos 12.3
A moderação é um antídoto para o orgulho de pensar que somos mais do que os outros, e para o complexo de pensarmos que somos menos. Nossas limitações não apontam somente para nossas fraquezas.
Elas também nos revelam a medida da fé que recebemos de Deus. Querer ser algo diferente do que somos é uma agressão ao SER.
A projeção do SER
Quando nos concentramos nas biografias alheias seremos tentados a projetar o que queremos SER a partir do que o outro é ou foi. Somos desafiados a ler a nossa própria biografia e, a partir dela, construirmos o nosso projeto de SER melhor quem somos.
A ilusão da onipotência humana
A grande revelação é: não somos onipotentes! Somos seres humanos limitados, dependentes d’Aquele que, de nada e de ninguém depende.
Sem ELE nada somos e nada podemos fazer. A graça d’Ele é que nos capacita a SER melhor quem somos.
"Mas, pela graça de Deus, sou o que sou." - 1 Coríntios 15.10a

Comments