O que é família mesmo? Entenda a família sob a ótica de Deus

Cremos profundamente, que nunca na história da civilização humana discutiu-se sobre a essência do “ser família”. Sua natureza, composição e durabilidade (como se existisse data de validade). Natureza? Mas a família não é composta de pessoas, em sua essência? No campo do discurso, sim. Mas na prática: “ai de mim, se não considerar gatos e cachorros como ‘gente’, quando não substituindo lugar que deveriam ser ocupados por filhos!” Sim, nunca se discutiu tanto, acerca da realidade de uma família.

Todavia, como poderemos chegar ao seu mais profundo e real sentido de ser se ainda queremos buscar fundamentação em uma cultura reinada pela ditadura do relativismo, onde não existe uma verdade absoluta?

Como buscar fundamentação acerca do que é a família, em uma sociedade dilacerada pelo ateísmo praticado: viver como se Deus não existisse? Como buscar a fundamentação do ser família, essencialmente falando, em uma sociedade que possui como regra de vida o pecado da origem: O eu estou acima do bem e do mal?

Cabe aqui mais uma pergunta, profundamente interessante, para começarmos a adentrar a essência do ser família. Quem pensou e projetou esta realidade?

A Palavra do Criador nos diz: que do pó da terra o homem foi criado; ele é criatura, ou seja, não é Deus... Ele é contingente e não necessário... Criado por amor, pelo amor e, realizar-se-á no amor. Vendo Deus, que este homem estava só, de seu lado criou, e fez vir à existência, uma mulher, que seria sua companheira. Ambos recebem mais uma ordem: “dominai a terra e sede fecundos”. Ora, aqui temos um mundo a ser explorado, para que possamos compreender a família, segundo a ótica do Seu criador: Ele cria, une e designa.

A família é um projeto criado por Deus, composto de um homem (pai), de uma mulher (mãe) e de seus filhos. Isto não é o que pensamos... Isto é o que Deus pensou, nós querendo aceitar ou não! E a família existe para quê? Para cumprir um desígnio.

Na verdade, o casamento é a união de dois propósitos divinos, visibilizados em um homem e uma mulher, legitimamente casados e abençoados por Deus. Homem e mulher não se unem no projeto de Deus para resolverem carências afetivas-sexuais, mas para cumprimento de um propósito. Ou seja, sem medo podemos dizer, que o casamento é uma vocação de serviço. Mas, qual é o seu propósito?

Este propósito desdobra-se em dois aspectos muito concretos há saber:

1º- Visibilizar no mundo o amor de Cristo (esposo) pela sua esposa (Igreja): ou seja, dentro da ordem que o Senhor Deus deu: “Sede fecundos”.

A primeira fecundidade que o casal precisa proporcionar é a santidade de vida entre eles, fazendo desaparecer os demônios do machismo e do feminismo que dilaceram com a família... Esta santificação se dá no amor mútuo e do rompimento com a velha natureza, um transformando-se em canal da graça de Deus para o outro, fazendo vir à tona o melhor do seu cônjuge.

2º- Colaborar com a ordem da natureza

Uma procriação digna dos filhos, ou seja, abertura responsável à vida: abrir-se com generosidade à vida e proporcionar dignidade aos filhos, criando-os dentro dos valores do evangelho e da dignidade humana.

Quem está disposto para tamanha missão, onde a maioria das pessoas vivem mergulhadas num profundo egoísmo? Para dizer: a alma de toda e qualquer família é transformar-se em célula mãe da sociedade, santuário da vida. Como isto é possível? Na intimidade com Deus, mentor da realidade familiar, que se encarnou no seio de uma família. Através da comunhão com a Sua Palavra, teremos todos os meios necessários para o desenvolvimento do ser família.

Nossa família MBCV, sob a luz da visão dada por Deus, quer ser cada vez mais, esta esfera na sociedade a alcançar a família e ser um canal de restauração a todos os que vêm. Somos uma Igreja que alcança a família, pois existimos, não para nós, mas para cumprirmos desígnio, que é nada mais e nada menos fazer a vontade d’Aquele que nos criou, capacitou e enviou.