A onda dos desigrejados Entenda o que está por trás da moda dos “sem igreja”
- Pr. Jonas Luiz Souza | Teólogo
- 6 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Um dos grandes sintomas da apostasia da Igreja do Século XXI são os ditos “Sem Igreja”, um movimento que surge da falta de compromisso de alguns cristãos que, na verdade, não encontram um lugar que se adapte aos seus critérios - ou seja, entendem que a congregação deve ajustar-se a eles, e não o contrário.
Esta massa de cristãos não comprometidos com uma denominação ou igreja local, segundo dados apurados a partir de pesquisa da FGV/RJ, chega a 40 milhões de pessoas. Trata-se de cristãos descomprometidos com o Reino, que adotam uma linguagem e postura religiosa e se alimentam de pregações no Youtube, programas evangélicos televisivos, estações de rádio cristãs, visitando diversas igrejas, consumindo um pouco de cada uma, não se importando em ser parte e muito menos se comprometendo com uma delas.
São cristãos que se servem religiosamente da Igreja, como se fosse um produto a ser consumido. Buscam por aquilo que ela pode oferecer, mas não possuem nenhum comprometimento e nem desejo de servirem ao evangelho (leia Filipenses 2.1-5).
Os “Sem Igreja” não têm comprometimento, muito menos profundidade de afetos. Não existe uma causa comum, nem amor - é o amor nos leva a “servir”, e não apenas “se servir” da Igreja. Obviamente Igreja é coletivo, é Corpo de Cristo e membro fora do corpo não é membro. O membro só tem função e existência se estiver ligado ao corpo. O apóstolo Pedro diz que “somos pedras vivas, edificados como casa espiritual”. Para formarmos esta casa, Templo de Deus, as pedras vivas precisam estar juntas - uma pedra fora do edifício não faz parte dele.
A Igreja é o local onde somos edificados, onde nos ajudamos, nos suportamos, somos suportados e nos animamos. É o local que nos dá identidade, sentido de pertencimento, funcionalidade, é onde servimos ao Senhor com alegria, e realmente somos Corpo de Cristo, ligados a Ele. Qualquer tentativa de viver independente do Corpo da Igreja, é automutilação, auto desligamento. Não importa a justificativa que se use para isto. “Não deixemos de reunir-nos como Igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros”.
Fique atento aos modismos contemporâneos! Analise bem, pense, reflita antes de mergulhar nas tendências da atualidade. Atualizar-se é preciso, mas lembre-se que a Bíblia releva princípios imutáveis, que permanecerão sendo uma verdade independente do passar do tempo.

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