Consumidores de Igreja
- Pr. Jonas Luiz Souza |Teólogo
- 6 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Um dos grandes sintomas da apostasia da Igreja do Século XXI, são os ditos “Sem Igreja”, um movimento que surge da falta de compromisso de alguns cristãos. Que, na verdade, não encontram um lugar que se adapte aos seus critérios. Ou seja, entendem que a congregação deve ajustar-se a eles, e não o contrário.
Esta massa de cristãos não comprometidos com uma denominação ou igreja local, segundo dados apurados a partir de pesquisa da FGV/RJ, chega a 40 milhões de pessoas. São cristãos não comprometidos com o Reino. Com uma linguagem e postura religiosa, se tornam consumidores da Igreja. Explico: vivem de pregações no Youtube, de programas evangélicos televisivos, estações de rádio cristãs, de visitas em igrejas, consumindo um pouco de cada uma, não se importando, e não sendo parte e nem se comprometendo com nenhuma delas. São cristãos que se servem religiosamente da Igreja, como algo a ser consumido. Buscam por aquilo que ela pode oferecer, mas não possuem nenhum comprometimento e nem desejo de servirem ao evangelho. (Filipenses 2.1-5.)
Outro fator é que, se não há comprometimento, também não há profundidade de afetos. Não existe uma causa comum, não existe amor, pois o amor leva-nos a servir, e não apenas se servir da Igreja. Obviamente Igreja é coletiva, é Corpo de Cristo. E membro fora do corpo não é membro, o membro só tem função e existência se estiver ligado ao corpo.
O apóstolo Pedro diz que “somos pedras vivas, edificados como casa espiritual”. Para formarmos esta casa, Templo de Deus, as pedras vivas precisam estar juntas. Uma pedra fora do edifício não faz parte dele.
A Igreja é o local onde somos edificados, onde nos ajudamos, nos suportamos e somos suportados, e onde nos animamos. É o local que nos dá identidade, sentido de pertencimento, funcionalidade, é onde servimos ao Senhor com alegria, e realmente somos Corpo de Cristo, ligados a Ele. Qualquer tentativa de viver independente do corpo, é automutilação, auto desligamento. Não importa a justificativa que se use para isto. “Não deixemos de reunir-nos como Igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajando-nos uns aos outros” (Hebreus 10.25)

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