SANTIDADE SOCIAL
- Pr. Jonas Luiz Souza | Teólogo e Historiador
- 8 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Recentemente concluímos as disciplinas de História da Igreja II, da Reforma aos Nossos Dias, do Seminário Teológico do MBCV, onde destacamos a atuação de homens e mulheres de Deus que marcaram sua época, mudaram pensamentos, transtornaram reinos, derrubaram as fortalezas da religião, mudaram a História e trouxeram a visão do Reino de Deus e de sua Palavra, de uma maneira viva, inclusiva e social.
Dentre estes, destacamos o pensamento de John Wesley, para quem “o evangelho de Cristo não conhece religião que não seja social e não conhece santidade que não seja social”, dizendo com isto que a santidade deve atuar a favor de toda a humanidade e não em torno de si próprio, rejeitando a ideia de ‘santos solitários’, tão separados do mundo, que não têm nem influência e nem protagonismo no mundo.
Como parte da segunda leva de reformadores, Wesley promoveu uma religião social, que olha para o seu entorno, aplicando o relacionamento com Deus de maneira prática, estabelecendo uma relação com a comunidade e uma comunhão vertical com Deus, traduzida em obras de piedade, que dizem respeito à vitalidade da fé como compromisso com a justiça e a misericórdia, visando a transformação da sociedade. E levando também à uma comunhão horizontal e interpessoal da fé, conhecida como religião social e vida de santidade social com Deus, demonstrando desta maneira um cristianismo perfeito (quando se ama a Deus e ao próximo de fato e não apenas de palavra). Esta é a fé isenta de temor, da qual nos fala João (I Jo 4.18-19), onde o perfeito amor que lança fora o medo, lança fora o ódio, e também lança fora a indiferença e o descuido para com a sociedade.
Assim, o amor de Deus é aperfeiçoado em nós, quando demonstramos que enxergamos e atendemos a necessidade que está diante dos nossos olhos, pois, como diz outro grande reformador, “é uma falsa jactância quando alguém diz que ama a Deus, mas negligencia a Sua imagem que está diante dos seus olhos” - Calvino). Por isso diz João: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem da boca para fora, mas de fato e de verdade’ (I Jo 3.18).
Esta santidade social (o jeito de ser cristão hoje), alcançando a sociedade em suas três áreas de necessidade, quais sejam, social, material e espiritual, é que faz a diferença entre quem serve a Deus e quem não serve. Este é o tipo de santidade capaz de mudar tua história e o teu mundo!

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